
O Padre Américo, cujo nome completo é Américo Monteiro de Aguiar, foi um importante benfeitor da igreja que dedicou a sua vida aos mais carenciados, principalmente jovens, que se traduziu em inúmeras realizações, das quais a mais conhecida e relevante é a Casa do Gaiato.
Depois de se formar em
Teologia no
Seminário de
Coimbra, foi nomeado Perfeito do Seminário e
professor de
Português. É igualmente capelão em Casais do Campo, freguesia de São Martinho do Bispo e designado pároco de São Paulo de Frades, não chegando a tomar posse, incapacitado por um esgotamento.É quando D. Manuel Luís Coelho da Silva,
Bispo de
Coimbra, lhe entrega a Sopa dos Pobres, em
1932 que começa a revelar a sua verdadeira vocação. A partir daí não mais parou.
Em
Agosto de
1935 inicia as Colónias de Férias do Garoto da Baixa em Coimbra, estágio embrionário do que viria a ser posteriormente a
Casa do Gaiato. Seguem-se
Vila Nova do Ceira e
Miranda do Corvo. A
7 de Janeiro de
1940, finalmente, o Padre da Rua funda a primeira Casa do Gaiato no lugar de Bujos, em
Miranda do Corvo. A segunda Casa do Gaiato, no mosteiro beneditino de Paço de Sousa, seria o local escolhido,para o surgimento da Aldeia do Gaiato para acolhimento e alojamento de jovens a que se seguiria o Lar do Gaiato, no
Porto. No mesmo âmbito e sob o lema «cada freguesia cuide dos seus pobres» é o projecto de construção das primeiras casas do património dos pobres, também em Paço de Sousa, em
Fevereiro de
1951.
A Obra da Rua é consagrada ao Santíssimo Nome de
Jesus, e o seu ex-líbris é o Quim Mau, o garoto de braços abertos que pede o amor do próximo.
A
1 de Janeiro de
1941 abre o lar do Ex-Pupilo das Tutorias e dos Reformatórios, na Rua da Trindade, em Coimbra, instituição que será entregue aos Serviços Jurisdicionais de Menores em
1950; em
Junho do mesmo ano, publica o primeiro volume do Pão dos Pobres.
Em
1942, publica Obra da Rua.
A
5 de Março de
1944 aparece o primeiro número do jornal O Gaiato, quinzenário da Obra da Rua, de que é fundador e director.A
4 de Janeiro de
1948 seria inaugurada a Casa do Gaiato de Lisboa, situada na quinta da Mitra, em Santo Antão do Tojal, em Loures.
Em 1950, saem a público o opúsculo Do Fundamento da Obra da Rua e do Teor dos seus Obreiros e o primeiro volume do livro Isto é a Casa do Gaiato.
Em
1952, viagem a África; publica um novo livro, O Barredo, a que se seguem, em
1954, Ovo de Colombo e Viagens, no ano em que toma posse da quinta da Torre, em Beire, freguesia de
Paredes, para a instalação de uma Casa do Gaiato e do Calvário, para o abrigo de doentes incuráveis.
Em
1956, morre vitima de acidente de viação.